Isabel: Que coisas tão lindas! Por aqui enfeitavam-se as fontes com flores e ramagens. Tudo se vai perdendo. Felizmente Lisboa continua a tradição! Bom sábado e um beijinho
Isabel, passei uma festa de Santo Antonio inesquecível em Lisboa. Por aqui o santo é muito festejado também, especialmente na região Nordeste, onde moro, mas de forma diferente da portuguesa. Lindas fotos!
as marchas populares, as sardinhadas nas ruas de Alfama e tantos outros bairros coloridos da cidade ficam uma experiência maravilhosa. Lamento não sou Lisboeta . cumprimentos de Antuérpia
Carminda Flor Cristina Ana Romério Janaína Alfacinha
Ainda se festejam os Santos Populares em alguns bairros da cidade. Onde moro, nem por isso. Actualmente prefiro as sardinhas da Ericeira. Mas os festejos tornam a cidade mais alegre. Fico sempre muito feliz pelo vosso carinho. Beijinhos.
Isabel, Muito bonitos os poemas postados aqui. Sou poeta e cronista e criei um blog para divulgar meu trabalho. Se puder dê uma passada por lá. Seguem aí um poema (de amor) e uma crônica (sobre festa junina). Grande abraço!
CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)
De repente eu paro e olho: é ele! E desengato marcha-a-ré crescente Meu rosto fica roxo, vermelho E desamarra-se o elo da corrente.
Curto-circuito, incêndio, tragédia! E meu cabelo arrepiado espeta E meu pulso desencapado te choca E meu corpo endiabrado, capeta.
E meu peito pega fogo: vida Um calor que se desprende e solta Amor é caminho longo: é ida É só ida. Não tem volta.
UMA FESTA JUNINA DIFERENTE
Em alguns dias entraremos em junho e começarão as festas juninas.
Quando eu tinha 6 anos comecei a fazer o primário na Escola Roma, em Copacabana, que todos os anos fazia uma enorme festa junina na Praça do Lido. Fiquei esperando durante semanas a tal festa, onde seria sorteada uma bicicleta, meu sonho de consumo de então.
Finalmente o grande dia chegou. Era início de tarde e eu e meu pai já estávamos na praça, eu encantando com as barraquinhas coloridas de prendas e comidas e com a esperança infantil (toda esperança não é sempre um pouco infantil?) de ganhar a bicicleta.
Pois não haviam-se passado nem 15 minutos quando ouviu-se um burburinho na multidão. A menos de um quarteirão de distância um carro estacionado (sabe-se lá porquê) havia explodido.
Meu pai, que era jornalista, estava com uma Nikon para me fotografar; me puxou e começou a tirar fotos do carro em chamas. Ao terminar, ajoelhou-se e disse:
- Filho, temos que ir agora para o jornal.
Confesso que fiquei um pouco decepcionado, mas intuindo a importância da situação, concordei sem reclamar. E rumamos para O Globo num táxi.
Naquela tarde, pela primeira vez na vida, entrei na redação de um jornal e aprendi como se revelam as fotografias. Percorri também os largos corredores com as paredes cobertas de capas históricas: O Dia em que o Homem Pisou na Lua, O Assassinato de Kennedy, O Suicídio de Getúlio, A Conquista do Tri no México, tudo ali, gigantesco, eternizado.
Acabei não ganhando a tão sonhada bicicleta. Mas a foto de meu pai foi capa d’O Globo no dia seguinte.
E eu soube para sempre que a notícia é mais importante que o homem.
10 comentários:
é um santo de muitos milagres.tem razão o pessoa.
romério
Isabel:
Que coisas tão lindas!
Por aqui enfeitavam-se as fontes com flores e ramagens. Tudo se vai perdendo. Felizmente Lisboa continua a tradição!
Bom sábado e um beijinho
Isabel, passei uma festa de Santo Antonio inesquecível em Lisboa. Por aqui o santo é muito festejado também, especialmente na região Nordeste, onde moro, mas de forma diferente da portuguesa. Lindas fotos!
as marchas populares, as sardinhadas nas ruas de Alfama e tantos outros bairros coloridos da cidade ficam uma experiência maravilhosa.
Lamento não sou Lisboeta .
cumprimentos de Antuérpia
Passo ao serão e deixo um carinho.
Boa semana e um beijinho
Lindos fotografias.Grande abraço e até muito brève!
Olá meus amigos
Carminda
Flor
Cristina
Ana
Romério
Janaína
Alfacinha
Ainda se festejam os Santos Populares em alguns bairros da cidade. Onde moro, nem por isso.
Actualmente prefiro as sardinhas da Ericeira.
Mas os festejos tornam a cidade mais alegre.
Fico sempre muito feliz pelo vosso carinho.
Beijinhos.
Isabel,
Este santinho também é muito querido por estas terras aqui... e as moças casadoiras ainda lhe fazem pedidos (tão lindas estas tradições...)
Beijinho.
Isabel,
Muito bonitos os poemas postados aqui. Sou poeta e cronista e criei um blog para divulgar meu trabalho. Se puder dê uma passada por lá. Seguem aí um poema (de amor) e uma crônica (sobre festa junina). Grande abraço!
CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)
De repente eu paro e olho: é ele!
E desengato marcha-a-ré crescente
Meu rosto fica roxo, vermelho
E desamarra-se o elo da corrente.
Curto-circuito, incêndio, tragédia!
E meu cabelo arrepiado espeta
E meu pulso desencapado te choca
E meu corpo endiabrado, capeta.
E meu peito pega fogo: vida
Um calor que se desprende e solta
Amor é caminho longo: é ida
É só ida. Não tem volta.
UMA FESTA JUNINA DIFERENTE
Em alguns dias entraremos em junho e começarão as festas juninas.
Quando eu tinha 6 anos comecei a fazer o primário na Escola Roma, em Copacabana, que todos os anos fazia uma enorme festa junina na Praça do Lido. Fiquei esperando durante semanas a tal festa, onde seria sorteada uma bicicleta, meu sonho de consumo de então.
Finalmente o grande dia chegou. Era início de tarde e eu e meu pai já estávamos na praça, eu encantando com as barraquinhas coloridas de prendas e comidas e com a esperança infantil (toda esperança não é sempre um pouco infantil?) de ganhar a bicicleta.
Pois não haviam-se passado nem 15 minutos quando ouviu-se um burburinho na multidão. A menos de um quarteirão de distância um carro estacionado (sabe-se lá porquê) havia explodido.
Meu pai, que era jornalista, estava com uma Nikon para me fotografar; me puxou e começou a tirar fotos do carro em chamas. Ao terminar, ajoelhou-se e disse:
- Filho, temos que ir agora para o jornal.
Confesso que fiquei um pouco decepcionado, mas intuindo a importância da situação, concordei sem reclamar. E rumamos para O Globo num táxi.
Naquela tarde, pela primeira vez na vida, entrei na redação de um jornal e aprendi como se revelam as fotografias. Percorri também os largos corredores com as paredes cobertas de capas históricas: O Dia em que o Homem Pisou na Lua, O Assassinato de Kennedy, O Suicídio de Getúlio, A Conquista do Tri no México, tudo ali, gigantesco, eternizado.
Acabei não ganhando a tão sonhada bicicleta. Mas a foto de meu pai foi capa d’O Globo no dia seguinte.
E eu soube para sempre que a notícia é mais importante que o homem.
Imagina que nunca fui às festas populares ! O meu marido não gosta e não me atrevo a sair sozinha....
beijinhos
Verdinha
Enviar um comentário