Ribeira d' Ilhas - Ericeira
Fui criança , indo por um carreiro,
a caminho do mar, mão na outra mão,
entre as árvores, pedras, insectos e aves.
Toda a Natureza me coube nas pupilas,
mestra de sentimentos, e eu discípula.
E, se fechava os olhos, ela punia-me
com o silêncio cruel das ondas,
a mudez imerecida dos insectos,
e a distância das aves, que doía.
Se os abria, tudo me rodeava,
apaziguador e meu,
mas a mão que me trazia a mão
puxava-me para a luz de cada dia.
Fiama Hasse Pais Brandão - Lisboa (1938-2007)
4 comentários:
MAGNIFICO.
Que saudade...
Beijinhos.
Isabel,
Apesar da beleza do poema, os meus olhos hoje voltam.se mais para eese mar e, especialmente para as nuvens no horizonte...
Beijinho
Isabel:
As nuvens afastaram-se para tu captares estas lindas fotografias. Magníficas e que bem casadas com o belo poema de Fiama!
Beijinho
Queridas amigas
Cristina
Meg
Ana
Hoje trouxe-vos um cheirinho a Primavera.
Obrigada pelo vosso carinho.
Beijinhs
Isabel
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