A minha amiga Verdinha é belga e tem como tradição festejar o 1º de Maio, oferecendo esta linda flor, muguet ou lírio do vale, para que a felicidade nos acompanhe ao longo do ano.
Agradeço muito e desejo a todos, mesmo não sendo nossa tradição, muita felicidade.
De criança sempre gostei de canas
e roubava-as do rio
ainda verdes.
Deixava-as depois escondidas ao sol durante todo o verão
e recolhia-as, ligeiras,
como o sussurro dos mosquitos.
Quando no inverno
os ossos estalavam de frio
e os gatos tossiam sobre o damasqueiro
corria até ao sotão
e metia as mãos no meio das canas quentes
ainda com todo aquele sol em cima.
Tonino Guerra (1920) - Canto Décimo Terceiro
(Trad. de Mário Rui Oliveira)
in Poemário Assírio&Alvim 2007
9 comentários:
Querida Amiga,
Neste dia do Trabalhador queríamos sobretudo trabalho para todos, acabar com a miséria e instalar nas faces das gentes o sorriso do dever cumprido, do amanhã renovado.
Uum beijo amigo para ti, com votos de feliz Dia do Trabalhador,
Maria Faia
Feliz dia do trabalhador, amigos,e bom fim de semana.
Grande abraço.
Feliz fim-de-semana!
Este poema de Tonino Guerra é tão suave, tem aquele ar de «pequena história» que todos os poemas deles têm. Também gosto deste poeta, mais que do cineasta.
Há dois anos levámos duas alunas à Fundação T.G., pois ganharam um prémio de guionista para curta-metragem. A Romagna como toda a Itália é linda.
Boa jardinagem e aqui te fica outro poema dele.
CANTO DÉCIMO PRIMEIRO
Anteontem primeiro domingo de Novembro
a névoa podia-se cortar à faca.
As árvores brancas
da geada e as estradas e planícies
pareciam cobertas por lençóis. Depois apareceu o sol
enxugando o universo e somente as sombras
permaneceram banhadas.
Pinela, o camponês, atava as cepas
com ervas secas que segurava entre as orelhas.
Enquanto trabalhava falei-lhe da cidade,
da minha vida que passara num relâmpago
do meu terror da morte.
Aí silenciou todos os rumores que fazia com as mãos
e só então se ouviu um pequeno pardal cantando ao longe.
Disse-me: medo porquê? A morte nem sequer é maçadora.
Apenas vem uma vez.
(1920)
(in "O Mel»,Tradução de Mário Rui de Oliveira)
assírio&alvim 2004
Um beijinho,
Ana
Que bela surpresa !
Obrigada !
Beijinhos da
Verdinha
Vivi em Paris e aí também cheguei a oferecer o muget a amigos...
É também tradição francesa.
Cumprimentos meus.
Que tradição bonita, Isabel.
Desconhecia que existisse.
Para ti amiga, todas as flores de Maio.:)
Beijinhos
Com toda a calma...neste blogue é sempre Primavera. Bem podia chamar-se O PODER DAS FLORES ou FLOWER POWER :)
Isabel,
Sabia dessa tradição, e acho-a muito bonita. O Muguet é uma das flores mais belas que conheço.
Como venho uma semana atrasada - o trabalho foi contínuo - espero que tenhas tido um bom 1º de Maio e um óptimo dia da Mãe.
Um beijo
Olá meus queridos amigos
Maria Faia
Cristina
Ana
Verdinha
Vieira Calado
Carminda
Combóio turbulento
Meg
Não foram férias que me afastaram do blog.
Passei o fim de semana a tratar do meu jardim que o inverno tinha muito maltratado.
Como vinha cheia de energia resolvi fazer umas arrumações, aquelas que de vez em quando me dá gosto fazer: ou seja mudar as coisas de lugar.
O resultado era chegar à noite já sem grandes forças.
Mas hoje antecipei porque já estava cheia de saudades vossas e agradecer todo o vosso carinho.
Bem hajam e muitos beijinhos.
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