sexta-feira, julho 17, 2009




Flor silvestre




Existe em mim - não sei o que é - mas sei que está em mim.

Torcido e suado, o meu corpo fica calmo e fresco,
Durmo, durmo muito tempo.

Não o conheço - não tem nome - é uma palavra que se não pronuncia,
Não se encontra em nenhum dicionário, voz, símbolo.

Oscila sobre qualquer coisa que é mais do que a terra sobre a qual oscilo,
A criação é a amiga cujo abraço me desperta.

Talvez pudesse dizer mais. Esboços! Suplico pelos meus irmãos e irmãs.

Compreendeis, ó meus irmãos e irmãs?
Não é o caos nem a morte - é a forma, união, plano, é a vida eterna,
é a Felicidade.


Walt Whitman - Canto de mim mesmo (50)

Trad.: Maria de Lourdes Guimarães (Círculo de Leitores)

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6 comentários:

Cristina disse...

Bom fim de semana e até muito brève!
Grande abraço.

Ana Tapadas disse...

Amiga:
É exactamente como dizes...continuo afogada em trabalho, mas como diz tão bem o poema: o meu corpo cansado...
Até te daria pormenores, mas expor aqui não pode ser (se tivesse email de retorno).
Fica então um beijinho muito amigo e muito bom Domingo!

Carminda Pinho disse...

Flores silvestres bem bonitas, com um poema a condizer.
Beijos, Isabel.

ADRIANO NUNES disse...

Isabel,

Amo walt Whitman. Um dos meus mestres! Excelente postagem!


Abração!
Adriano Nunes.

Ana Tapadas disse...

Passo a correr e deixo um beijinho de boa noite!

Bípede Implume disse...

Olá meus amigos

Cristina
Ana
Carminda
Adriano

Ando em mudanças, de maneira que o meu tempo é menor. Mas mesmo assim venho com muita alegria agradecer a vossa presença aqui.
Beijinhos para todos.