Cacto pontiagudo, tosco, sombrio,
Em janela escura, dentro de vaso pálido.
Uma manhã qualquer,
do caule rude brotou-lhe cálice rubro,
flor rubra.
Um poeta, que via as coisas de outro modo,
e gostava de rosas perfumadas e luxuosas,
andava entre nós.
Elogiou a rosa com dísticos altivos
e orgulhosos, menosprezando o cálice rubro.
Existem espíritos austeros, ensimesmados,
mais ligados aos espinhos.
O que se passa no coração deles ?
Se florescem, e se florescem à noite,
têm uma flor rubra.
Petr Bezruc (1867-1958) - Flor Rubra - República Checa
Trad.: Aleksandar Jovanovic
in Rosa do Mundo
6 comentários:
Há poetas assim, minha amiga. Assim sublime as canseiras e o abismo.
Beijinho
*sublimam
A vida com cor da rosa!!!
beijinhos, querida amiga.
Que ternura essas flores! E pensar que vêm de uma planta tão rude e espinhenta... E os versos ilustram tão bem!
Beijos!
Olá amigas
Ana
Cristina
Flor
Os cactos têm essa particularidade de produzirem flores belas e delicadas. Faz-me lembrar uma frase inglesa : "Don't judge the book by the cover".
Beijinhos de muita amizade.
Olá amigas
Ana
Cristina
Flor
Os cactos têm essa particularidade de produzirem flores belas e delicadas. Faz-me lembrar uma frase inglesa : "Don't judge the book by the cover".
Beijinhos de muita amizade.
Enviar um comentário