quinta-feira, março 12, 2009
Ninguém sabe andar na rua como as crianças. Para elas é sempre uma novidade, é uma constante festa transpor umbrais. Sair à rua é para elas muito mais do que sair à rua. Vão com o vento. Não vão a nenhum sítio determinado, não se defendem dos olhares das outras pessoas e nem sequer, em dias escuros, a tempestade se reduz, como para a gente crescida, a um obstáculo que se opõe ao guarda-chuva.
Abrem-se à aragem. Não projectam sobre as pedras, sobre as árvores, sobre outras pessoas, cuidados que não têm. Vão com a mãe à loja, mas apesar disso vão sempre muito mais longe. E nem sequer sabem que são a alegria de quem as vê passar e desaparecer.
Ruy Belo - A rua é das crianças
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13 comentários:
Isabel,
Apetece-me dizer que a par da alegria, as crianças,hoje em dia, são também uma preocupação... os tempos de Ruy Belo já lá tão longe!
Até isso perderam... a rua.
Beijo
Beleza rua das crianças!Adoro.
grande abraço,amiga.
Isabel:
Obrigada pelas tuas palavras. És muito gentil, sempre.
Custou-me um pouco colocar aí essa foto. Aliás, detesto ser fotografada ou «mostrar-me». Fui tímida e nunca é bom andar aí na internet, mas nesse poema tinha que ser. Esse é o meu marido de há 27 anos.
As cerejas do Fundão...que maravilha! Adoro cerejas. Tenho uma cerejeira no meu (pequeno) jardim, prestes a florir!
Grande beijinho
Oi, Isabel!
Uma postagem emocionante! Lembra-nos a criança que fomos um dia, e que ainda vive dentro da gente, só esperando uma oportunidade de ser de novo como o vento!
Beijos!
Saudades de ser criança...:)
Bjs
é pena as crianças não terem mais liberdade para andar pela rua, brincar na rua!!
Bom fim de semana.
Beijinhos.
A-mei texto e fotos! Quando eu era pequena, fazíamos algazarra na rua. Quando alguma velhota chata reclamava, a gente punha as mãos na cintura, e pergunta: "Quê que é? Tá pensando que a rua é sua?"
A rua era nossa.
Não há nada mais puro do que as crianças !
Querida Isabel, se fores ouvir cantar por aí, não te esqueças de vir ter comigo, tal como aconteceu com a Cristina, não terás problema em reconhecer-me !
beijinhos verdinhos
Verdinha
Querida Amiga Bipede,
Com calma e com alma voltei à vossa companhia (de que senti muita falta...)
Concordo contigo na apreciação que fazes da criança. Afinal todos nós já o fomos um dia e, para ser franca, sinto que ainda o sou muitas vezes. A criança ainda não morreu dentro de mim e, por essa razão, a esperança permanece e revive.
Um beijo Amigo e votos de uma semana feliz,
Maria Faia
Isabel:
Passo só para deixar um beijinho.
Queridos amigos
Meg
Cristina
Ana
Flor
Carminda
Combóio turbulento
Janaína
Verdinha
Maria Faia
Obrigada por mais uma vez comungarem comigo nesta saudade da infância. É bem verdade que actualmente a rua, pelo menos nas grandes cidades, não é um lugar muito seguro, mas isso não impede que recordemos o quanto todos fomos felizes nas ruas da nossa infância.
Beijinhos.
E já agora queria assinalar o regresso da querida Maria Faia ao nosso convívio.
Fico muito feliz porque ela fazia falta.
Beijinho grande para ti, amiga.
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