quinta-feira, novembro 30, 2006
terça-feira, novembro 28, 2006
quarta-feira, novembro 22, 2006
Recordo-te como eras no outono passado.
Eras a boina cinzenta e o coração em calma.
Nos teus olhos lutavam as chamas do crepúsculo.
E as folhas caiam na água da tua alma.
Fincada nos meus braços como uma trepadeira,
as folhas recolhiam a tua voz lenta e em calma.
Fogueira de estupor onde a minha sede ardia.
Doce jacinto azul torcido sobre a minha alma.
Sinto viajar os teus olhos e é distante o outono:
boina cinzenta, voz de pássaro e coração de casa
para onde emigravam os meus profundos desejos
e caíam os meus beijos alegres como brasas.
Céu visto de um navio. Campo visto dos montes:
a lembrança é de luz, de fumo, de lago em calma!
Mais além dos teus olhos ardiam os crepúsculos.
Folhas secas de outono giravam na tua alma.
Pablo Neruda - 20 poemas de amor e uma canção desesperada (6)
Tradutor: Fernando Assis Pacheco
Eras a boina cinzenta e o coração em calma.
Nos teus olhos lutavam as chamas do crepúsculo.
E as folhas caiam na água da tua alma.
Fincada nos meus braços como uma trepadeira,
as folhas recolhiam a tua voz lenta e em calma.
Fogueira de estupor onde a minha sede ardia.
Doce jacinto azul torcido sobre a minha alma.
Sinto viajar os teus olhos e é distante o outono:
boina cinzenta, voz de pássaro e coração de casa
para onde emigravam os meus profundos desejos
e caíam os meus beijos alegres como brasas.
Céu visto de um navio. Campo visto dos montes:
a lembrança é de luz, de fumo, de lago em calma!
Mais além dos teus olhos ardiam os crepúsculos.
Folhas secas de outono giravam na tua alma.
Pablo Neruda - 20 poemas de amor e uma canção desesperada (6)
Tradutor: Fernando Assis Pacheco
sábado, novembro 18, 2006
quarta-feira, novembro 15, 2006
E agora ... algo completamente diferente!
Por último, este simpático gato aproveitando o calor do sol.
Este Pai Natal não foi importado dos Estados Unidos da América.
É genuino. Encontrei-o , por acaso , na nossa cidade Invicta.
E continuando na onda azul, também ,por acaso, encontrei ( quem sabe ?) o local onde os "estrumfes" se reunem.
Por último, este simpático gato aproveitando o calor do sol.
terça-feira, novembro 14, 2006
Marinas de Sal - Rio Maior
Estas casas de madeira, que têm séculos de existência, servem para o armazenamento do sal.
Estas casas de madeira, que têm séculos de existência, servem para o armazenamento do sal.
O sal, em pirâmide, proveniente de uma mina de sal gema.
Estes compartimentos feitos de cimento ou pedra chamam-se talhos.
Muitas das antigas casas transformaram-se em casas comerciais, onde se encontram além do sal, evidentemente,muitas curiosidades.
As Marinas de Sal são um monumento único na Europa, de uma grande beleza. Um local para um passeio com calma !
sexta-feira, novembro 10, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
Passeando pela Ericeira...
...depois de uns belíssimos Mexilhões ao natural, apanhados nas rochas das praias da vila seguidos de Carapaus assados com salada,...
... fui até à Praia dos Pescadores com o respectivo Porto de Pesca onde estavam parados vários barcos e traineiras, uns destinados ao lazer e outros à faina.
Para além de nomes curiosos, uns ligados à pesca, como o Lula, outros à vila como o Paraíso da Ericeira ou às artes como o Fadista, encontrei alguns pormenores interessantes na decoração e até na identificação das embarcações.
Uma cruz de Cristo, ou a mais curiosa mistura entre o crescente e a estrela de David pintadas nas proas das embarcações, para pedir a protecção divina nas saídas para o Mar.
Mas para além destes símbolos mais ou menos religiosos também encontrei outros, marinhos como o golfinho...
... ou aéreos como a andorinha.
Passeando pelas docas e portos de pesca não deixe de reparar nas proas das embarcações ou nas cabinas das traineiras e ... Com Calma... anote mentalmente, em fotografia ou em desenho, os pormenores que também fazem parte da ...Alma da arte e da faina da pesca.
... fui até à Praia dos Pescadores com o respectivo Porto de Pesca onde estavam parados vários barcos e traineiras, uns destinados ao lazer e outros à faina.
Para além de nomes curiosos, uns ligados à pesca, como o Lula, outros à vila como o Paraíso da Ericeira ou às artes como o Fadista, encontrei alguns pormenores interessantes na decoração e até na identificação das embarcações.
Uma cruz de Cristo, ou a mais curiosa mistura entre o crescente e a estrela de David pintadas nas proas das embarcações, para pedir a protecção divina nas saídas para o Mar.
Mas para além destes símbolos mais ou menos religiosos também encontrei outros, marinhos como o golfinho...
... ou aéreos como a andorinha.
Passeando pelas docas e portos de pesca não deixe de reparar nas proas das embarcações ou nas cabinas das traineiras e ... Com Calma... anote mentalmente, em fotografia ou em desenho, os pormenores que também fazem parte da ...Alma da arte e da faina da pesca.
terça-feira, novembro 07, 2006
Nenhum igual àquele.
A hora no bolso do colete é furtiva,
a hora na parede da sala é calma,
a hora na incidência da luz é silenciosa.
Mas a hora no relógio da Matriz é grave
como a consciência.
E repete. Repete.
Impossível dormir, se não a escuto.
Ficar acordado, sem sua batida.
Existir, se ela emudece.
Cada hora é fixada no ar, na alma,
continua soando na surdez.
Onde não há mais ninguém, ela chega e avisa
varando o pedregal da noite.
Som para ser ouvido no longilonge
do tempo da vida.
Imenso
no pulso
este relógio vai comigo.
Carlos Drummond de Andrade - O relógio
A hora no bolso do colete é furtiva,
a hora na parede da sala é calma,
a hora na incidência da luz é silenciosa.
Mas a hora no relógio da Matriz é grave
como a consciência.
E repete. Repete.
Impossível dormir, se não a escuto.
Ficar acordado, sem sua batida.
Existir, se ela emudece.
Cada hora é fixada no ar, na alma,
continua soando na surdez.
Onde não há mais ninguém, ela chega e avisa
varando o pedregal da noite.
Som para ser ouvido no longilonge
do tempo da vida.
Imenso
no pulso
este relógio vai comigo.
Carlos Drummond de Andrade - O relógio
sexta-feira, novembro 03, 2006
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