sexta-feira, novembro 28, 2014



Faço o que posso, e posso combater.
Um verso que resiste é um bom soldado.
Quando a noite é maior, o céu deixa-se ver
À pequenina luz dum pirilampo alado.

Move montanhas, abre o mar imenso
A fé que não hesita.
Cai uma gota no terror suspenso,
E o sal das amarguras precipita.

Sozinho na trincheira, vou cantando,
E o inimigo ouve-me, de lá...
Ouve e não sabe quando
O poder do meu fogo acabará.


Miguel Torga - Posição


terça-feira, novembro 25, 2014

 
 
 
 
Imagem da Wikipedia

Há muitos anos tive um colega alentejano que se dizia caçador de coelhos mas não usava arma nenhuma, só um saco, cenouras e pimenta. 

-Oh,senhor Guerra (era o seu nome), como é que isso é possível?

-Muito fácil! Vou para o campo , procuro a toca do coelho e ponho-lhe a cenoura, bem grande e rija, à entrada da toca e espero.
E não espero muito. O coelho vê a cenoura e tenta leva-la para dentro mas como ela é muito grande não consegue e tenta come-la mesmo ali. Mas a cenoura é muito rija e com o esforço fecha os olhos. Aí, quando ele fecha os olhos seguro-o pelas orelhas e meto-o no saco.

-Essa é boa! E para que serve a pimenta?

-Essa é a segunda maneira de caçar coelhos. Muito fácil.
O mesmo processo anterior, só que em vez da cenoura ponho pimenta. O coelho sai da toca, cheira a pimenta e espirra. Atchim! Quando ele espirra, automaticamente, fecha os olhos e pronto, já sabem como é: agarro-o pelas orelhas e...saco com ele.

Moral da história: Cuidado com as cenouras muito grandes e a pimenta...ou areia que nos atiram para os olhos.

Tenham uma boa semana.

sexta-feira, novembro 21, 2014




É preciso de vez em quando ser infeliz.
Para se poder ser natural...


Fernando Pessoa/Alberto Caeiro

segunda-feira, novembro 17, 2014





Os olhos também comem, sempre ouvi dizer.

Comer não é só aquela necessidade básica de sobrevivência.
Cada vez notamos mais isso com a quantidade de programas dedicados, e muito bem, à alimentação.

Em casa tentamos, umas vezes melhor, outras pior, dar uma maior criatividade às nossas refeições.

Mas quando queremos fazer como Alice No País das Maravilhas ao atravessar o espelho à procura de magia temos de escolher esse restaurante que nos faça viajar no mundo fabuloso dos sabores e da visão estética.

Já tinha encontrado esse restaurante há alguns anos nas Caldas da Rainha, o Incógnito, que se mudou para Lisboa como La Lisboète.

Voltámos a ter a simpatia da Mariana e o virtuosismo do Chefe Walter.

Estou desejando atravessar o espelho logo que esta arreliadora contractura muscular o permita.

O Restaurante La Lisboète fica na Calçada Marquês de Abrantes em Santos.