foto Platero
Um Feliz Ano para todos!
Com muita paz, muita alegria e muita determinação!
sábado, dezembro 31, 2016
sexta-feira, julho 15, 2016
terça-feira, julho 05, 2016
segunda-feira, maio 16, 2016
terça-feira, abril 26, 2016
Foi bonita a festa, pá! Assim cantava o Chico Buarque em1975.
E continua a ser bonita, especialmente, este ano. As pessoas festejaram a Liberdade e uma Esperança renovada.
Na Assembleia da República, inundada de cravos vermelhos, a festa foi igualmente bonita, com uma inovação: uma esquerda unida!
Não ouvi todos os discursos mas a TV fez o favor de salientar alguns. E aqui é que temos o busílis da questão.
Uma deputada, ela sim do tempo escuro e fascista, resolveu chamar ao governo em funções, um "governo salazarento".
Isto revela uma de duas coisa, ou senilidade ou muita Tetra Pack de zurrapa.
Recomenda-se: Quando discursar...Não beba.
quinta-feira, abril 21, 2016
quinta-feira, abril 14, 2016
Tal como na Antiguidade, também nesta época, tão avançada da civilização, surgiram por aí uns papiros vindos daquele país entre as duas Américas.
Que monumental folhetim!
E tal como nos folhetins ou telenovelas como lhes queiram chamar, a informação é dada, deliberadamente, a conta-gotas.
O primeiro nome português que a investigação lançou aos quatro ventos, com imagens da casa onde um outro português surgiu perante os olhos gulosos de quem se alimenta deste tipo de informação.
Afinal a informação estava incorrecta e assim se manchou o nome de alguém inocente que tem todo o direito à sua privacidade.
Para mim foi o suficiente. Prefiro reler as alegres aventuras dos irredutíveis gauleses.
segunda-feira, abril 04, 2016
Eu sei que a Páscoa já passou, o dia das mentiras também, mas como tenho andado muito ocupada só hoje vos deixo uma receita tirada do sempre jovem Pantagruel, na sua 77ª edição.
Há quem goste de coelho e também há quem não goste mesmo nada. Por isso há sempre uma receita culinária que pode experimentar e saborear.
Bom proveito!
quarta-feira, março 09, 2016
Coitadinho
Do tiraninho!
Não bebe vinho,
Nem sequer sozinho...
Bebe a verdade
E a liberdade,
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado.
Coitadinho
Do tiraninho!
O meu vizinho
Está na Guiné,
E o meu padrinho
No Limoeiro
Aqui ao pé,
E ninguém sabe porquê.
Mas, enfim, é
Certo e certeiro
Que isto consola
E nos dá fé:
Que o coitadinho
Do tiraninho
Não bebe vinho,
Nem até
Café.
UM SONHADOR NOSTÁLGICO DO
ABATIMENTO E DA DECADÊNCIA.
Isto escrevia o Fernando Pessoa em 1935.
E como hoje é dia 9 de março de 2016... eu digo
Coitadinho
Do tiraninho
Já não manda
Mais no povinho
Vai para casa mui
De mansinho
Comer seu carapau
Alimadinho.
E já vai muito tarde!!!
quinta-feira, fevereiro 18, 2016
Não tenho muito tempo para o mar
para nadar no mar para pescar
para nadar e amar não tenho tempo
para outras coisas em ar: o frio aperta
os ossos doem o coração palpita.
Vou pela praia contra o vento mas
sei que tudo agora é sempre assim
contra a corrente o tempo o próprio pensamento
na areia mole os pés vão-se enterrando
já não batem o crawl como batiam
já não logram correr como corriam
e no entanto o tempo agora é de corrida
contra o tempo se corre contra o tempo
contra o tempo se corre e assim se morre
em frente ao mar olhando a desmedida
distância entre a tão curta vida e o amor dela
sobretudo ao crepúsculo quando o mar
nos interpela e nos apela e a caravela
do coração se põe de novo a navegar
mesmo sabendo que já não há partida
que as rimas em ar estão a acabar
e todo o tempo agora é contra o tempo
e mesmo sem correr só há corrida.
Manuel Alegre - Canção do Tempo que Passa
sábado, fevereiro 06, 2016
quinta-feira, janeiro 21, 2016
No próximo domingo, dia 24, os portugueses vão escolher um novo Presidente da República.
Eu já sei em quem votar.
Vou votar num Presidente que seja, de facto, de todos os portugueses.
Que respeite a Constituição.
Que seja culto.
Que não tenha ligações nefastas com o passado salazarento.
Que não seja cata-vento.
Que não seja sonso.
Que nos leve com esperança e alegria para um novo tempo.
Faça como eu, é tão fácil. Não deixe que outros decidam por si.
quinta-feira, janeiro 14, 2016
Oh as casas as casas as casas
as casas nascem vivem e morrem
Enquanto vivas distinguem-se umas das outras
distinguem-se designadamente pelo cheiro
variam até de sala pra sala
As casas que eu fazia em pequeno
onde estarei eu hoje em pequeno?
Onde estarei aliás eu dos versos daqui a pouco?
Terei eu casa onde reter tudo isto
ou serei sempre somente esta instabilidade?
As casa essas parecem estáveis
mas são tão frágeis as pobres casas
Oh as casas as casas as casas
mudas testemunhas da vida
elas morrem não só ao ser demolidas
elas morrem com a morte das pessoas
As casas de fora olham-nos pelas janelas
Não sabem nada de casas os construtores
os senhorios os procuradores
Os ricos vivem nos seus palácios
mas as casas dos pobres é todo o mundo
os pobres sim têm todo o conhecimento das casas
os pobres esses conhecem tudo
Eu amei as casas os recantos das casas
Visitei casas apalpei casas
Só as casas explicam que exista
uma palavra como intimidade
Sem casas não haveria ruas
as ruas onde passamos pelos outros
mas passamos principalmente por nós
Na casa nasci e hei-de morrer
na casa sofri convivi amei
na casa atravessei as estações
respirei - ó vida simples, problema de respiração
Oh as casas as casas as casas
Ruy Belo - Oh As Casas As Casas As Casas
quarta-feira, janeiro 06, 2016
Olho a sebe de versos que plantei
Ao longo do caminho dos meus dias:
Tristezas e alegrias
Enlaçadas
Como irmãs vegetais.
Silvas e alecrim...
O pior e o melhor que havia em mim,
Num abraço de arbustos fraternais.
Nada quero mudar dessa harmonia
De agruras e doçuras misturadas.
Pasmo é de ver a estranha maravilha.
Poeta que partilha
O coração magoado
Por presentes e opostas emoções,
Contemplo, deslumbrado,
O renque de vivências do passado,
Longo poema sem contradições.
Miguel Torga - Perspectiva
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