terça-feira, junho 28, 2011
Pai-Nosso pequenino
Tem a chave o Deus-Menino.
Quem lha deu, quem lha daria?
Foi São Pedro, Santa Maria.
Cruz em monte, cruz em fonte
O pecado não encontre
Nem de noite, nem de dia
Nem às horas do meio-dia
Já os galos pretos cantam
Já os anjos se levantam
Já Jesus subiu à cruz.
Para sempre, ámen, Jesus.
Portugal - Oração Popular
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sexta-feira, junho 24, 2011
Mas este povo: o povo: esse de séculos
em terra dura e curta vida imerso?
O que sonha ou pensa? Franças e Araganças?
Se lhe tiraram cama em que sonhar!
Se lhe não deram nunca o imaginar
mais que a sardinha assada sem esperanças!
Não sonha ou pensa, apenas faz os filhos
que um dia houveram sido o povo se -
um se e sempre se de tantos séculos
e terra dura e curta vida e gente
que está por cima e há outros mais abaixo
danados só de não estarem em cima
do mesmo povo, o tal que todos amam
e lhes faz figas quando voltam costas.
Jorge de Sena - Os Ossos do Imperador e de Outros Mais
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terça-feira, junho 21, 2011
Padrão dos Descobrimentos
O Monumento aos Descobrimentos também chamado Padrão dos Descobrimentos fica situado em Belém, Lisboa. Tem a forma de uma caravela estilizada e tem 50 metros de altura.
Foi inaugurado em 1960 para comemorar os 500 anos da morte do infante D.Henrique, o Navegador.
As esculturas são em pedra lioz e representam os heróis portugueses ligados aos Descobrimentos.
Para termos uma imagem mais alargada do rio Tejo, podemos subir ao topo do monumento , de elevador, e desfrutar desse espectáculo magnífico.
quinta-feira, junho 16, 2011
Como quem num dia de Verão abre a porta de casa
E espreita para o calor dos campos com a cara toda,
Às vezes, de repente, bate-me a Natureza de chapa
Na cara dos meus sentidos,
E eu fico confuso, perturbado, querendo perceber
Não sei bem como nem o quê...
Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber?
Quando o Verão me passa pela cara
A mão leve e quente da sua brisa,
Só tenho que sentir agrado porque é brisa
Ou que sentir desagrado porque é quente,
E de qualquer maneira que eu o sinta,
Assim, porque assim o sinto, é que é meu dever senti-lo...
Fernando Pessoa/Alberto Caeiro - Ficções do Interlúdio
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segunda-feira, junho 13, 2011
quinta-feira, junho 09, 2011
terça-feira, junho 07, 2011
Quem não recorda as idas ao Jardim Zoológico, em criança.
Lembro-me logo à entrada se comprar amendoins para dar aos macaquinhos que estavam numa Aldeia dos Macacos. Um fosso com um muro circular à volta e, lá em baixo os ditos macaquinhos viviam em pequenas casinhas desenhadas por um arquitecto famoso, Raúl Lino.
Actualmente os macacos estão noutros locais, melhor acomodados e nem se pode dar qualquer comida aos animais. Mas, naquela altura, era uma alegria para a miudagem.
Podíamos ser generosos e atirar muitos amendoins, mas não, num requinte de pura malvadez,atirávamos um a um para ver os macacos lutarem pelo amendoim. Era a algazarra total entre os macacos e entre os cá de cima.
Havia pessoas que atiravam bananas. Pessoas com mais posses, provavelmente.
Também era engraçado, mas o amendoim era mais divertido.
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domingo, junho 05, 2011
sexta-feira, junho 03, 2011
Dia 5 de Junho voltamos a exercer o nosso direito de cidadania, direito outorgado pela Revolução dos Cravos, no dia 25 de Abril de 1974.
Até lá e depois dos últimos esforços para os partidos convencerem os indecisos, teremos o período de reflexão.
Eu e, com certeza, muitos portugueses, já andamos a refectir há uma imensidão de tempo. Ao passo que outros portugueses não devem refectir de todo. Se não , não teríamos chegado a este impasse.
E aqui reside o busilis da questão. Não podemos entregar os destinos do País a quem não pensa.
Portanto é um dever, mais do que cidadania, é um dever moral: votar.
Nunca falhei uma votação. Não o farei desta vez e vou votar conscientemente.
Faça o mesmo. Não deixe ninguém decidir por si.
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