terça-feira, fevereiro 21, 2012
Entre sobas solertes e solenes
Aqui estou de poeta e de passagem.
Das 25 pombas deste Abril
As melhores levo em versos na bagagem.
E aqui as solto transidas e alertadas
Pelo hálito do medo que já volta
E cada uma delas é uma concha
Carregando uma pérola de revolta.
Aqui eu as desprendo contra a noite
Que já da liberdade os trevos pisa
E cada uma delas é um rio
Desfiando uma prata insubmissa.
Se o país que na esperança exercitámos
For um desvão de Abril apunhalado
Onde a vida reclama a plenitude
É que o poeta é febre é raiva é dardo.
É canto arterial é um centauro
Com uma flecha de música no flanco
É toda a luz na boca e a liberdade
É o mais certeiro tiro do seu canto.
Enquanto lira for de luz cantada
O poeta sem repouso no combate,
A luta não termina quando perde
A cor nos cravos que a escuridão abate.
Natália Correia - Rascunho de uma Epístola
*
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4 comentários:
Olá, como está?
Obrigado por suas palavras no meu blog.
Desejo-lhe um óptimo Carnaval!
Saudações poéticas!
Os pauliteiros dão graças à sua reabilitação
cumprimentos de Antuérpia
Oh,o primaveira ja esta em portugal,lindo!
Beijinhos e até muito bréve!
Querida Isabel,
Sempre haverá um fio de esperança. Todos os ciclos chegarão ao seu termo...enquanto a voz dos poetas (como a que citas) e a beleza das tuas fotos se mantiverem.
Hoje perdi-me por Évora. Pensei em ti.
Beijinho
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