segunda-feira, dezembro 18, 2006
terça-feira, dezembro 12, 2006
Monumentos portugueses para visitar ...Com Calma!
Vasculhando pelos arquivos domésticos, encontrei algumas fotos de um desses monumentos, o Mosteiro de Alcobaça.
Mas dos baús da memória saiu também este postal de 1926, com 2 selos da República Portuguesa e que mostra o mesmo local que 80 anos depois tive o privilégio de visitar. Segundo a legenda do postal, este local era o antigo lavatório do convento.
Estando neste local sempre podemos ficar mais atentos aos pormenores que compõem esta obra de arte em pedra e que artesãos de outros tempos souberam esculpir, para os monges de outrora.
Este Lavatório encontra-se nos claustros do Convento, assim como um conjunto de gárgulas esculpidas na pedra e que o tempo e a água tem também ajudado a mudar de forma, ou as arcadas com as suas colunas e capitéis desenhados a escopro pelo talento dos pedreiros e escultores.
Para os amantes da arte em pedra, o Convento de Alcobaça constitui uma verdadeira arca do tesouro da pedra esculpida.
Para outros mais românticos, há sempre a visita obrigatória aos túmulos de Pedro e Inês, o par simultaneamente mais feliz e infeliz da História de Portugal, e que se encontram frente a frente para a eternidade, na igreja do Convento.
Seja para apreciar a arte esculpida na pedra, ou simplesmente para evocar o romantismo da nossa História, vale a pena visitar, Com Calma!... e deixar-se impregnar pela ...Alma! de Alcobaça.
sexta-feira, dezembro 08, 2006
quarta-feira, dezembro 06, 2006
sábado, dezembro 02, 2006
quinta-feira, novembro 30, 2006
terça-feira, novembro 28, 2006
quarta-feira, novembro 22, 2006
Eras a boina cinzenta e o coração em calma.
Nos teus olhos lutavam as chamas do crepúsculo.
E as folhas caiam na água da tua alma.
Fincada nos meus braços como uma trepadeira,
as folhas recolhiam a tua voz lenta e em calma.
Fogueira de estupor onde a minha sede ardia.
Doce jacinto azul torcido sobre a minha alma.
Sinto viajar os teus olhos e é distante o outono:
boina cinzenta, voz de pássaro e coração de casa
para onde emigravam os meus profundos desejos
e caíam os meus beijos alegres como brasas.
Céu visto de um navio. Campo visto dos montes:
a lembrança é de luz, de fumo, de lago em calma!
Mais além dos teus olhos ardiam os crepúsculos.
Folhas secas de outono giravam na tua alma.
Pablo Neruda - 20 poemas de amor e uma canção desesperada (6)
Tradutor: Fernando Assis Pacheco
sábado, novembro 18, 2006
quarta-feira, novembro 15, 2006
Este Pai Natal não foi importado dos Estados Unidos da América.
É genuino. Encontrei-o , por acaso , na nossa cidade Invicta.
E continuando na onda azul, também ,por acaso, encontrei ( quem sabe ?) o local onde os "estrumfes" se reunem.
Por último, este simpático gato aproveitando o calor do sol.
terça-feira, novembro 14, 2006
Estas casas de madeira, que têm séculos de existência, servem para o armazenamento do sal.
O sal, em pirâmide, proveniente de uma mina de sal gema.
Estes compartimentos feitos de cimento ou pedra chamam-se talhos.
Muitas das antigas casas transformaram-se em casas comerciais, onde se encontram além do sal, evidentemente,muitas curiosidades.
As Marinas de Sal são um monumento único na Europa, de uma grande beleza. Um local para um passeio com calma !
sexta-feira, novembro 10, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
Passeando pela Ericeira...
... fui até à Praia dos Pescadores com o respectivo Porto de Pesca onde estavam parados vários barcos e traineiras, uns destinados ao lazer e outros à faina.
Para além de nomes curiosos, uns ligados à pesca, como o Lula, outros à vila como o Paraíso da Ericeira ou às artes como o Fadista, encontrei alguns pormenores interessantes na decoração e até na identificação das embarcações.
Uma cruz de Cristo, ou a mais curiosa mistura entre o crescente e a estrela de David pintadas nas proas das embarcações, para pedir a protecção divina nas saídas para o Mar.
Mas para além destes símbolos mais ou menos religiosos também encontrei outros, marinhos como o golfinho...
... ou aéreos como a andorinha.
Passeando pelas docas e portos de pesca não deixe de reparar nas proas das embarcações ou nas cabinas das traineiras e ... Com Calma... anote mentalmente, em fotografia ou em desenho, os pormenores que também fazem parte da ...Alma da arte e da faina da pesca.
terça-feira, novembro 07, 2006
A hora no bolso do colete é furtiva,
a hora na parede da sala é calma,
a hora na incidência da luz é silenciosa.
Mas a hora no relógio da Matriz é grave
como a consciência.
E repete. Repete.
Impossível dormir, se não a escuto.
Ficar acordado, sem sua batida.
Existir, se ela emudece.
Cada hora é fixada no ar, na alma,
continua soando na surdez.
Onde não há mais ninguém, ela chega e avisa
varando o pedregal da noite.
Som para ser ouvido no longilonge
do tempo da vida.
Imenso
no pulso
este relógio vai comigo.
Carlos Drummond de Andrade - O relógio
sexta-feira, novembro 03, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
Ao passear pelos baús da memória...
O primeiro mostra a casa do Guarda, logo à entrada da muralha exterior, ainda em reconstrução como se pode ler na legenda e que hoje em dia é ocupada pela bilheteira e loja com as mais variadas recordações, souvenirs e recuerdos relacionadas com Leiria e o seu Castelo.
A entrada é protegida por um alpendre com colunas decoradas e que alberga ainda uma máquina de vending com snacks e bebidas frescas.
Ao longo de toda a antiga Casa do Guarda existe uma vegetação luxuriante que é posterior à reconstrução da mesma como se pode ver no postal antigo.
O segundo postal que encontrei mostra-nos a Alcáçova do Castelo de Leiria de um ângulo diferente do habitual.
Segundo a legenda, este postal apresenta-nos um trecho da Alcáçova com o brasão de D. João I.
Entrando pelo arco podemos observar a mesma de um ângulo diferente
Vendo por um lado ou pelo outro, pelas imagens de postais antigos ou através das fotografias de uma câmara digital, o castelo de Leiria faz parte do património e da memória das pessoas. Aproveite para se deliciar com umas brisas do Liz, ou com uns cordões de pinhões. O Castelo e a zona histórica valem uma visita Com Calma... de modo a apreciar a Alma dos locais.
sábado, outubro 28, 2006
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É de quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
Miguel Torga - Conquista
quarta-feira, outubro 25, 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
Esta porta liliputiana pertence a uma casa em Castelo Novo, que faz parte das aldeias históricas em recuperação. Tem pouco mais que 1,30 m. Existem muitas outras como esta.
Esta fotografia faz-me lembrar a canção do João Maria Tudela que diz pouco mais ou menos isto: O chapéu bem gingão faz-me falta
Com a copa assim bem alta
Faço um vistão....
Um condomínio privado para pássaros.
sábado, outubro 14, 2006
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor de sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés-
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos,
E à minha clara simplicidade de alma...
Fernando Pessoa/Alberto Caeiro - O guardador de Rebanhos XXIX
terça-feira, outubro 10, 2006
O Verão partiu
E nunca devia ter vindo.
Será quente o sol
Mas não pode ser só isto.
Tudo veio para partir,
Nas minhas mãos tudo caiu,
Corola de cinco pétalas,
Mas não pode ser só isto.
Nenhum mal se perdeu,
Nenhum bem foi em vão,
À luz clara tudo arde
Mas não pode ser só isto.
Agarra-me a vida
Sob a sua asa intacto,
Mas sempre a sorte do meu lado,
Mas não pode ser só isto.
Nem uma folha se consumiu
Nem uma vara quebrada...
Vidro límpido é o dia,
Mas não pode ser só isto.
Arseni Tarkovski - 8 Ícones