sábado, dezembro 17, 2011



Não me posso render, haja o que houver.
Salvar a vida pouco me adianta.
O pendão que levanta
A minha decidida teimosia,
Transcende a noite e o dia
De uma breve e terrena duração.
Luto por todos e também por mim,
Mas assim:
Desprendido da própria  perdição.

É o espírito da terra que eu defendo,
Numa cega constância
De namorado:
Esta causa perdida em cada instância,
E sempre a transitar de tempo e de julgado.


Miguel Torga - Mensagem

*

3 comentários:

Ana Tapadas disse...

Querida Isabel,
Torga diz sempre o que eu sinto. É algo a que não posso escapar.
Poema bem adequado aos tempos que correm. Um incentivo a continuar a lutar.

Tem uma semana excelente.


Beijinho

alfacinha disse...

Isabel,
Miguel Torga escreve de modo a emocionar quem o lê.
Cumprimentos de Antuérpia

Anónimo disse...

Adoreii !
isso emociona a todos , o Miguel Torga sabe bem escrever a ponto de emocionar !!!!!!
**--

! BJS

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