segunda-feira, março 03, 2014
Não é só o mau tempo que tem fustigado este nosso País.
Os nossos ouvidos ainda não se recompuseram do manancial de discursos e frases soltas que rodopiam quais folhas levadas pelo vento.
Sobre a escolha do nosso futuro Presidente da República, o primeiro-ministro disse ele, Presidente, " não pode ser um protagonista catalisador de qualquer conjunto de contra poderes, ou um cata-vento de opiniões erráticas...nem deve buscar popularidade fácil"
E logo o senhor professor-comentador veio assumir que sim senhor era um cata-vento. Por outras palavras: enfiou a carapuça.
Até aqui tudo bem. Enfiou a carapuça é lá com ele. Mas já não é lá com ele, quando ele for Presidente da República.
Eu, com toda a certeza, não quero um cata-vento como Presidente da República.
A outra frase: "A vida das pessoas não está melhor, mas o País está" deixa-me perplexa.
Mas então o País não são as pessoas?
Ou haverá pessoas mais pessoas que outras pessoas?
E quem são essas pessoas?
Pois eu tal como muitas pessoas que conheço não estamos melhor.
Então o que é que está melhor no País sem ser as pessoas?
Acho que houve um deslize, um fugir-lhe a língua para a verdade. Porque há de facto um País a duas velocidades. Uns, poucos, enriquecem muito depressa enquanto outros, muitos, empobrecem muito e muito depressa.
A minha outra preocupação são as alforrecas.
Sim, isso mesmo, as alforrecas.
Além de reproduzirem a uma velocidade alucinante. De se alimentarem vorazmente.
Não morrem. Elas morrem mas quando estão em putrefacção, desintegram-se como acontece aos cadáveres, um certo número de células escapa-se , começam a agregar-se e num espaço de cinco dias voltam à vida.
Ou onze meses, digo eu.
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1 comentário:
Querida Isabel,
parecemos viver numa realidade paralela!
Beijinho
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