sexta-feira, junho 29, 2012


Papoilas, algures, entre Fátima e Leiria



Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as cousas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Por que sequer atribuo eu
Beleza às cousas.

Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às cousas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então por que digo eu das cousas: são belas?

Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as cousas,
Perante as cousas que simplesmente existem.

Que difícil ser próprio e não ver senão o visível!


Fernando Pessoa/Alberto Caeiro - Ficções do Interlúdio



Sexta feira, dia treze...


Imagem tirada da Wikipedia

Aumento dos impostos
Aumento da austeridade
Aumento do custo de vida
Aumento da pobreza

Deu em retracção económica ou seja , continua a não haver dinheiro.

Lógico intuitivo e nada transcendente.

Portanto- muito - devagarinho - qual -  destes pressupostos - é que - não - perceberam?


 

2 comentários:

mixtu disse...

as papoilas
no concelho de ourém ou já mesmo em leiria :)

a papoila além de existir tem beleza :)

abrazo serrano

alfacinha disse...

Oá Isabel
A realidade é que ,depois do descarrilamento de mercado livre, não a solidaridade e o coletivismo prevalecem mas o conservatismo .Cada qual por si.
Cumprimentos de Anyuérpia