Ericeira
Há dias em que julgamos
que todo o lixo do mundo nos cai
em cima. Depois
ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam.
Não lhes sei o nome. Uma
ou outra parece-se comigo.
Quero eu dizer: com o que fui
quando cheguei a ser
luminosa presença da graça,
ou da alegria.
Um sorriso abre-se então
num verão antigo.
E dura, dura ainda.
Eugénio de Andrade - Há dias
3 comentários:
olá Isabel
São as pequenas coisas da vida que dão o maior prazer,sem quebra-cabeças.
cumprimentos de ANTuérpia
Querida Isabel,
é assim mesmo! Belíssimo (tudo).
Nestes dias de recomeço, devemos acalentar a esperança, apesar de nuvens se aproximarem.
Bom Domingo e um beijinho grande.
ai que linda poesia! Sério, to encantada com seu blog haha o tema me lembrou muito uma poesia daqui, do Casimiro de Abreu, chamada "Meus Oito Anos". A infância deixa saudade né? Obg pela visita :D
Beijos rimados pra você :*
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