Quero que sejas
A última palavra
Da minha boca.
A mortalha de sol
Que me cubra e resuma.
Mas como à despedida só há bruma
No entendimento,
E o próprio alento
Atraiçoa a vontade,
Grito agora o teu nome aos quatro ventos.
Juro-te, enquanto posso, lealdade
Por toda a vida e em todos os momentos.
Miguel Torga - Esperança
2 comentários:
Cara Isabel,
Prefiro ler a última palavra do Miguel Torga que os palavrões de um anónimo.
Cumprimentos de Antuérpia
Querida Isabel,
belíssimas as palavras de Torga, sempre a voz de um novo Humanismo. Ele é o Poeta! A Voz necessária.
Uma foto lindíssima.
Beijo
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