terça-feira, março 03, 2009





Cacto pontiagudo, tosco, sombrio,
Em janela escura, dentro de vaso pálido.
Uma manhã qualquer,
do caule rude brotou-lhe cálice rubro,
flor rubra.

Um poeta, que via as coisas de outro modo,
e gostava de rosas perfumadas e luxuosas,
andava entre nós.

Elogiou a rosa com dísticos altivos
e orgulhosos, menosprezando o cálice rubro.

Existem espíritos austeros, ensimesmados,
mais ligados aos espinhos.

O que se passa no coração deles ?
Se florescem, e se florescem à noite,
têm uma flor rubra.

Petr Bezruc (1867-1958) - Flor Rubra - República Checa

Trad.: Aleksandar Jovanovic

in Rosa do Mundo

Posted by Picasa

6 comentários:

Ana Tapadas disse...

Há poetas assim, minha amiga. Assim sublime as canseiras e o abismo.
Beijinho

Ana Tapadas disse...

*sublimam

Cristina disse...

A vida com cor da rosa!!!
beijinhos, querida amiga.

Dalva Nascimento disse...

Que ternura essas flores! E pensar que vêm de uma planta tão rude e espinhenta... E os versos ilustram tão bem!

Beijos!

Bípede Implume disse...

Olá amigas

Ana
Cristina
Flor

Os cactos têm essa particularidade de produzirem flores belas e delicadas. Faz-me lembrar uma frase inglesa : "Don't judge the book by the cover".
Beijinhos de muita amizade.

Bípede Implume disse...

Olá amigas

Ana
Cristina
Flor

Os cactos têm essa particularidade de produzirem flores belas e delicadas. Faz-me lembrar uma frase inglesa : "Don't judge the book by the cover".
Beijinhos de muita amizade.