Faço o que posso, e posso combater.
Um verso que resiste é um bom soldado.
Quando a noite é maior, o céu deixa-se ver
À pequenina luz dum pirilampo alado.
Move montanhas, abre o mar imenso
A fé que não hesita.
Cai uma gota no terror suspenso,
E o sal das amarguras precipita.
Sozinho na trincheira, vou cantando,
E o inimigo ouve-me, de lá...
Ouve e não sabe quando
O poder do meu fogo acabará.
Miguel Torga - Posição
2 comentários:
Olá Isabel,
É verdade, durante a grande guerra houve um momento que o terror nas trincheiras foi parado pelos cantos natalícios. O Miguel Torga sabe relata-lo numa maneira comovida.
Cumprimentos de Antuérpia
Querida Isabel,
do fundo do meu cansaço, só posso dizer-te: grande Torga! (Para ilustrar a tua bela foto e animar aquela que faz mais um serão de correcção de testes).
Beijinho grande
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