Na visita a vários monumentos, conventos, mosteiros e igrejas, tenho deparado com verdadeiras obras de arte em pedra.
Estas obras para além da sua função decorativa, tem também outras funções associadas, por um lado, fazem parte do sistema de escoamento de águas dos telhados, sendo a parte visivel das canalizações, mas por outro lado estão também associadas a funções de vigia e de guarda dos locais onde estão implantadas.
Vigia e guarda especialmente contra as influências maléficas
Estas figuras inserem-se num grupo de figuras decorativas arquitectónicas composto pelas Quimeras que não tem outra função para além de decorar o monumento e do seu outro papel de guardiãs do espaço, e pelas Gárgulas.
Inicialmente as Gárgulas começaram por ser aplicadas nas zonas de escoamento de águas de modo a embelezar os orifícios por onde escorriam as águas. Estas peças eram de madeira ou de cerâmica.
As figuras com mais pormenores começaram a surgir com a utilização da pedra .
Desde a Antiguidade Grega que se conhecem estruturas para canalização e escoamento de águas pluviais com saída através da cabeça de leões.
A popularização das Gárgulas surgiu no entanto apenas entre os séculos XII e XV com a construção das grandes catedrais góticas.
Agora já sabe, quando visitar Com Calma... o mosteiro da Batalha, o mosteiro de Alcobaça, os Jerónimos entre outros tantos e vir alguns elementos mais grotescos, nas fachadas destes monumentos, estes estão lá não só para escoar a água para longe das paredes, mas também para guardar de qualquer influência maléfica.