Aqui declaro que não tem fronteiras,
Filho da sua pátria e do seu povo,
A mensagem que traz é um grito novo,
Um metro de medir coisa inteiras.
Redonda e quente como um abraço
de pólo a pólo, a sua humanidade,
Tendo raízes e localidade,
É um sonho aberto que fugiu do laço.
Vento da primavera que semeia
Nas montanhas, nos campos e na areia
A mesma lúdica semente,
Se parasse de medo no caminho,
Também parava a vela do moínho
Que mói depois o pão de toda agente.
Miguel Torga - Universalidade
2 comentários:
Querida Isabel,
com um ângulo perfeito, as fotografias são um belo enquadramento para o belo poema do nosso Torga. Como ele é, tristemente, actual!
Beijinho e bom Sábado.
Poema lindo. Ainda não tenho um livro de Miguel Torga na minha biblioteca portuguesa. Uma visita para Bertrand impõe-se logo que esteja em Lisboa. Cumprimentos de Antuérpia.
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