sexta-feira, dezembro 07, 2012




Eu escrevo versos ao meio-dia
e a morte ao sol é uma cabeleira
que passa em frios frescos sobre a minha cara de vivo
Estou vivo e escrevo sol

Se as minhas lágrimas e os meus dentes cantam
no vazio fresco
é porque aboli todas as mentiras
e não sou mais que este momento puro
a coincidência perfeita
no acto de escrever e sol

...

António Ramos Rosa - Estou Vivo e Escrevo Sol (excertos)

3 comentários:

alfacinha disse...

Felizmente, o sol brilha para todos grátis .Gostei do poema . Cumprimentos de Antuérpia

Ana Tapadas disse...

Querida Isabel,

simplesmente magnífica, esta foto! Espantosa.

Beijinho e bom fim de semana.

vieira calado disse...

Um belo excerto!

Saudações poéticas!