quarta-feira, outubro 07, 2009



Era seu colo de neve
tocado daquela graça
do contorno mais breve
onde o infinito se enlaça.

Morta, em sua fronte uma constelação
era presságio do ritual macabro
duma coroação.

O que bebera em sua carne a claridade
que dos deuses escorre para a mais pura taça
partiu com as mãos de tempestade
apressando com ira
e com desgraça
a fatalidade que os ungira.

E só parou quando mudo no espanto
onde o enlevo da morte se adivinha
o fim do mundo ficou esperando
aos pés da mais fanstática rainha.



Natália Correia - Romance de D.Pedro e Dona Inês

Posted by Picasa

7 comentários:

Dalva Nascimento disse...

Quanta sensibilidade nestas tuas fotos, Isabel... muito lindas! Nos põem exatamente aos pés do poema.

Um beijo carinhoso do Brasil para ti!

Ana Tapadas disse...

Que pormenores fantásticos, amiga! Isso é sensibilidade e um olhar cuidadoso sobre o mundo que te rodeia.
Há um olhar impotente de Pedro sobre a bela Inês - exactamente como no poema.
Adorei!
(ainda trabalho)
beijinho

Meg disse...

Isabel,

Para um belíssimo poema de Natália Correia, escolheste duas imagens magníficas... qual delas a mais sugestiva...
A tua sensibilidade à flor da pele, da imagem, neste caso, minha amiga.

Um beijo

Cristina disse...

Un endroit merveilleux, qui abrite cette belle histoire d'amour!
Grande abraço, amigos.

ETERNA APAIXONADA disse...

Isabel
Mais uma postagem belíssima!
Muito bom passar aqui!
Tenha um lindo fim de semana.
Beijos

Bípede Implume disse...

Queridas amigas

Flor
Ana
Meg
Cristina
Helô

Deixo-vos estas flores. Ainda não entrei no espírito deste Outono.
Grata pelo vosso carinho.
Beijinhos para todas.
Isabel

Janaina Amado disse...

Isabel, tenho estado bem ocupada, por isso havia perdido estas fotos magníficas das esculturas de Inês e Pedro. Ainda bem que as encontrei a tempo. ;-) Grande abraço!