sexta-feira, outubro 16, 2009

Era uma vez...




Era assim que começavam as histórias que minha mãe me contava. Muitas das que contei às minhas filhas também começavam da mesma maneira.
Não era só ao deitar. Podia ser em qualquer altura em que a nossa imaginação entrava no mundo da fantasia.
Todas nós, mães, lemos as eternas histórias infantis, inventámos outras tantas e quando, mesmo assim, elas nos pediam mais, como no meu caso, eu aproveitava e lia-lhes A Escola do Paraíso do José Rodrigues Miguéis, Serioja de Vera Panova, tantas outras. Eu até lhes li A Cantora Careca de Ionesco, que elas hoje recordam com muito humor.
Mas chega uma altura em que temos mesmo que acabar. E eu tinha duas historinhas que eram como um terminar da sessão.
Uma delas era assm:
- Era uma vez três, dois austríacos e um francês.
O francês como era mais audaz, puxou da espada e ...zás.
Mas não julgues que o matou.
Eu vou contar como ocaso se passou.
Era uma vez três..... e voltava ao princípio.

A outra ainda era mais pequena:
- Era uma vez uma vaquinha chamada vitória. Morreu a vaquinha, acabou-se a história.

E depois de muitos protestos "Oh mãe essa não!" era a hora de fechar a luz e fazer ó ó.

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9 comentários:

Ana Tapadas disse...

Querida Isabel:
Também enchi a cabecinha do meu filho de histórias lidas e inventadas. Tempos bons que ficam para sempre. Quem me dera que todas as mães o fizessem sempre. Daí se ensina a vida, daí começa um carinho curioso que se prolonga na leitura.
Descansa amiga e vive o fim-de-semana. Por mim terei formação e família nos intervalos.
beijinho

Ana Tapadas disse...

Voltei para deixar outro beijito!
Não sei porquê...será um dia especial? Pensei em ti.
Beijinho

Dalva Nascimento disse...

Isabel,

que delicadeza relembrar essas historinhas... elas são responsáveis por momentos muito agradáveis que tive com meu saudoso pai. Nem me lembro ao certo da historinha, só sei que era um menininho chamado Dom Pedrito, que andava num burrito... não lembro do final, de mais nada... só lembro do meu pai!

E não posso deixar de rir da historinha da vaquinha vitória(por aqui a histórinha não acabava com a morte dela, não... era um final mais esquisito, nem repito prá ti! rsrsr...)

Um final de semana de paz!

Bjs.

Cristina disse...

Bom fim de semana, amiga.Aqui, frio,frio!!!!
Beijinhos.

Unknown disse...

e o meu pai contava..."era uma vez um porquinho montês que deu um puzinho para nós os três:

A escola do Paraíso, como toda a obra do J.R.M. fazem parte do meu percurso de formação como leitor

Janaina Amado disse...

Lindo, Isabel! Adoro histórias para crianças. Aqui no Brasil há uma musiquinha de antigamente, boa também para encerrar o papo com criança: "Seu Lobato tinha uma flauta / A flauta era do seu Lobato/O seu pai sempre dizia/ Toca a flauta, seu Lobato/
tinha uma uma flauta, e por aí se repete até a criança dormir.

Dalva Nascimento disse...

Isabel,

passei só prá deixar meu carinho
.
.
.

Carminda Pinho disse...

Sorte minha ter passado por aqui agora. Li e reli as histórinhas de criança. Tenho que ir ao baú da memória recordar mais algumas, é que um dia destes vou ter alguém a quem contar...:)

Beijos, Isabel.

Bípede Implume disse...

Queridos amigos
Depois de uns dias cheia de dores na zona cervical, eis-me bem melhor, para vos agradecer a vossa amizade.
E verificar o tesouro que guardamos dentro de nós. Pois, por vezes, penso que está em vias de extinção.
Adorei as vossas historinhas. Não sei se já existe, mas era engraçado fazer uma recolha de todas elas.
Beijinhos.