terça-feira, janeiro 13, 2009

(Foz do Arelho)

Libertei o quarto onde durmo, onde sonho
Libertei o campo e a cidade onde passo,
Onde sonho acordado, onde o sol se levanta,
Onde, nos meus olhos ausentes, a luz se acumula.

Mundo de pequena felicidade, sem superfície e sem fundo,
De encantos esquecidos logo que descobertos,
O nascimento e a morte misturaram o seu contágio
Nas dobras da terra e do céu misturadas.

Não separei nada mas reforcei o coração.
De amar, tudo criei: real, imaginário.
Dei a sua razão a sua forma e o seu calor
E o seu papel imortal àquela que me ilumina.

Paul Éluard - Em virtude do Amor

trad. Egito Gonçalves.

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8 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Isabel,

Iluminada postagem!



Beijo imenso!
Adriano Nunes.

Anónimo disse...

grande,isabel.
um abraço.
romério

Cristina disse...

Paul Eluard em portugues, fantastico!
Grande abraço.

Unknown disse...

o poema é lindo e o lugar faz-me lembrar a infância, quando os meus pais me levavam de férias.

Dalva Nascimento disse...

Oi, Isabel!

Uma postagem linda, querida!

Quando puder, dá uma passadinha lá no Interlúdio: tem selinho prá você!

Bjs.

Flor ♥
http://interludioemflor.blogspot.com/

Ana Tapadas disse...

Ah P. E. et Aragon!Quanta saudade de os declamar em francês...
Mas belíssima tradução!
Repito-me no dizer esta verdade: bela fotografia!
Beijinho

Carminda Pinho disse...

Que saudades da Foz do Arelhos...:)
Belo poema.

Beijos

Bípede Implume disse...

Meus amigos

Adriano
Romério
Cristina
Combóio turbulento
Flor
Ana
Carminda

Porque já é muito tarde venho só agradecer do coração a vossa passagem aqui neste cantinho, que é vosso.
Beijinhos.